O GEITC - Grupo de Estudos em Informação, Tecnologia e Conhecimento em Ambientes Organizacionais Competitivos é um espaço destinado as discussões em torno da relação entre a informação, conhecimento e tecnologias digitais aplicadas no contexto do mundo do trabalho. Com um olhar multidisciplinar está aberto as contribuições de deferentes profissionais que busquem discutir a informação como ativo organizacional.
O referido grupo encontra-se sob a organização do Curso de Bibliotecnomia do Instituto de Ensino Superior da Funlec - IESF/Campo Grande - MS.
Tendo um encontro mensal no Laboratório de Bibliotecnomia do IESF, para reorganizar os debates oriundos das leituras estabelecidas na proposta do grupo, está aberto para aqueles que tenham interesse na construção do conhecimento em torno da informação e tecnologias.
Espaço destinado aos diálogos referentes as temáticas da informação, tecnologias de informação aplicadas, inteligências organizacional e competitiva, profissionais da informação e a ciência da informação.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
O contexto da informação: apontamentos contemporâneos.*
Por muito tempo, a mão-de-obra e o capital foram considerados os únicos fatores diretamente ligados ao crescimento econômico. A informação, o conhecimento, a aprendizagem organizacional e, mais recentemente, o capital intelectual (conhecimento formal das pessoas que integram uma organização) eram considerados fatores de importância relativa para a economia. Contudo, na chamada “Sociedade da Informação”, essa compreensão passa a ser regida com a influência das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) e, assim, observa-se uma valorização crescente desse novo conjunto.
Valentim (2000) procura de uma maneira bastante direta trazer ao debate a relação de desenvolvimento alinhada à produção informacional, isto é, evidencia que quanto maior for à produção informacional de uma nação, maior será o grau de seu desenvolvimento e de sua política de inovação.
Contudo, se por um lado é importante à consolidação de uma cultura informacional, observada por Castells (2003), por outro se deve ter certa preocupação referente a esse fenômeno; pois, há a necessidade de se reunir discussões teóricas e práticas em uma determinada ciência, de modo a fornecer as contribuições derivadas da informação propriamente dita, partido desde a sua concepção epistemológica até aos diversos contextos atuais.
Kelly (1996) entende que essas características em conjunto produzem uma economia e uma sociedade enraizadas no conceito de redes, como já afirmava Castells (2003, p. 119) ao qualificar a nova economia sob três vertentes: informacional “[...] porque a produtividade e competitividade de unidades ou agentes nessa economia [...] dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos”; global “[...] porque as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus componentes [...] estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos” e em rede “[...] porque, nas novas condições históricas, a produtividade é gerada, e a concorrência é feita em uma rede global de interação entre redes empresariais”.
A mudança da dinâmica da economia local para uma economia global, também é fruto das profundas transformações tecnológicas, tanto em relação aos processos quanto em relação aos produtos, e que tornaram algumas empresas, setores e áreas mais produtivos.
A informação juntamente com o capital, o trabalho e a matéria-prima, comumente são considerados condições básicas para o desenvolvimento econômico, no entanto, de acordo com Hjörland e Capurro (2007, p.149), “[...] o que torna a informação especialmente significativa na atualidade é sua natureza digital”.
Reconhecer a importância da informação como fator de produção de riquezas, que agrega valor a produtos e processos, e das tecnologias envolvidas na sua aquisição, armazenamento, tratamento e disseminação, que compreendem a computação, a comunicação, a gestão e organização de conteúdos, regem a sociedade em geral e as empresas em particular, dando origem a uma “economia digital” (TAPSCOTT, 1995, p. 12).
No campo da Ciência da Informação, a explosão da informação digital aumentou suas fronteiras temáticas e metodológicas de pesquisa, motivando a integração de grupos interdisciplinares que buscam respostas para as complexas relações sociais e problemas de comunicação e utilização de conteúdos.
Por outro lado, a informatização global não se restringe aos processos de transferência de informação e interdependência de dados, mas implica também, uma avaliação dos direitos individuais, dentro das perspectivas sociais, éticas e políticas. Portanto, a infra-estrutura de serviços de informação, envolve todo o tecido social.
Contudo, a sólida e a rapidez empregada ao desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação passam a ser claramente responsáveis por essa nova economia, contribuindo sobremaneira para a consolidação que conhecemos atualmente como a Sociedade da Informação.
Diante disso, verifica-se através da nova economia, o papel fundamental que a informação passa a desempenhar em um mercado extremamente dinâmico, tendo como principais fatores de desenvolvimento focado no binômio informação-capital, a inovação e o conhecimento.
Portanto, a tríade informação, tecnologia e conhecimento são elementos preponderantes para o amadurecimento da nova economia, determinando em grande parte a inclinação produtiva da sociedade e sua organização econômica.
* Por Orlando de Almeida de Almeida Filho
Mestre em Ciência da Informação - UNESP/Marília
Professor do Curso de Biblioteconomia do IESF
Coordenador do GEITC
Valentim (2000) procura de uma maneira bastante direta trazer ao debate a relação de desenvolvimento alinhada à produção informacional, isto é, evidencia que quanto maior for à produção informacional de uma nação, maior será o grau de seu desenvolvimento e de sua política de inovação.
Contudo, se por um lado é importante à consolidação de uma cultura informacional, observada por Castells (2003), por outro se deve ter certa preocupação referente a esse fenômeno; pois, há a necessidade de se reunir discussões teóricas e práticas em uma determinada ciência, de modo a fornecer as contribuições derivadas da informação propriamente dita, partido desde a sua concepção epistemológica até aos diversos contextos atuais.
Kelly (1996) entende que essas características em conjunto produzem uma economia e uma sociedade enraizadas no conceito de redes, como já afirmava Castells (2003, p. 119) ao qualificar a nova economia sob três vertentes: informacional “[...] porque a produtividade e competitividade de unidades ou agentes nessa economia [...] dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos”; global “[...] porque as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus componentes [...] estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos” e em rede “[...] porque, nas novas condições históricas, a produtividade é gerada, e a concorrência é feita em uma rede global de interação entre redes empresariais”.
A mudança da dinâmica da economia local para uma economia global, também é fruto das profundas transformações tecnológicas, tanto em relação aos processos quanto em relação aos produtos, e que tornaram algumas empresas, setores e áreas mais produtivos.
A informação juntamente com o capital, o trabalho e a matéria-prima, comumente são considerados condições básicas para o desenvolvimento econômico, no entanto, de acordo com Hjörland e Capurro (2007, p.149), “[...] o que torna a informação especialmente significativa na atualidade é sua natureza digital”.
Reconhecer a importância da informação como fator de produção de riquezas, que agrega valor a produtos e processos, e das tecnologias envolvidas na sua aquisição, armazenamento, tratamento e disseminação, que compreendem a computação, a comunicação, a gestão e organização de conteúdos, regem a sociedade em geral e as empresas em particular, dando origem a uma “economia digital” (TAPSCOTT, 1995, p. 12).
No campo da Ciência da Informação, a explosão da informação digital aumentou suas fronteiras temáticas e metodológicas de pesquisa, motivando a integração de grupos interdisciplinares que buscam respostas para as complexas relações sociais e problemas de comunicação e utilização de conteúdos.
Por outro lado, a informatização global não se restringe aos processos de transferência de informação e interdependência de dados, mas implica também, uma avaliação dos direitos individuais, dentro das perspectivas sociais, éticas e políticas. Portanto, a infra-estrutura de serviços de informação, envolve todo o tecido social.
Contudo, a sólida e a rapidez empregada ao desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação passam a ser claramente responsáveis por essa nova economia, contribuindo sobremaneira para a consolidação que conhecemos atualmente como a Sociedade da Informação.
Diante disso, verifica-se através da nova economia, o papel fundamental que a informação passa a desempenhar em um mercado extremamente dinâmico, tendo como principais fatores de desenvolvimento focado no binômio informação-capital, a inovação e o conhecimento.
Portanto, a tríade informação, tecnologia e conhecimento são elementos preponderantes para o amadurecimento da nova economia, determinando em grande parte a inclinação produtiva da sociedade e sua organização econômica.
* Por Orlando de Almeida de Almeida Filho
Mestre em Ciência da Informação - UNESP/Marília
Professor do Curso de Biblioteconomia do IESF
Coordenador do GEITC
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